Jorge Sánchez no FC Porto
Jorge Sánchez no FC Porto

Mexicano sente-se feliz no “maior clube de Portugal” e fixou como meta fazer os jogos necessários para que a cláusula do acordo com o Ajax seja acionada. O lateral terá de cumprir, pelo menos, 45 minutos em 20 desafios para a SAD ser obrigada a pagar 4 M€ aos neerlandeses.

A mudança de Jorge Sánchez dos Países Baixos para Portugal fez-se com a mala cheia de sonhos. De um lado, o de conquistar títulos com o FC Porto, do outro, o objetivo de forçar a ativação automática da cláusula de compra estipulada no acordo entre a SAD portista e o Ajax, no valor de quatro milhões de euros. Para isso, o lateral direito terá de realizar, no mínimo, 45 minutos em 20 jogos. Por enquanto, o contador ainda permanece no zero, embora Sánchez já tenha sido utilizado por duas vezes: 18 minutos com o Shakhtar Donetsk, na Liga dos Campeões, e 8 com o Portimonense, no campeonato.

No entanto, a época é longa e o mexicano não perde o ânimo. “O meu objetivo a curto prazo é, primeiro, cumprir os jogos que tenho de fazer para que o FC Porto me compre. É uma meta que gostaria de atingir”, referiu o defesa, numa entrevista para o canal de YouTube da seleção mexicana, com a qual trabalha por estes dias. “Se não cumprir, também tenho outras coisas. Sei que não depende só de mim, mas também de outras coisas, porque não existo só eu. Há mais pessoas no clube, mas tenho definida essa meta de jogos a cumprir”, acrescentou, antes de passar às ambições. “Dos três ou quatro títulos que estou a disputar com o FC Porto, sonho, no mínimo, ganhar dois. São esses os meus objetivos a curto prazo”, apontou.

Depois de ter representado “a maior equipa do México [América]” e de ter passado pela “maior dos Países Baixos [Ajax]”, Jorge Sánchez assume-se “muito feliz” por se encontrar “no maior clube de Portugal”. Por isso, sente que tem a “responsabilidade de dar o máximo para também ser uma referência na equipa”. “Primeiro, tenho de ganhar o lugar. Depois, quando tiver oportunidades, tratar de o fazer da melhor maneira possível para jogar e conseguir o que pretendo”, prosseguiu o internacional mexicano. “Sei que tudo é passo a passo, mas, neste momento, estou bem e muito contente”, afiançou.

Assumindo-se como “inconformado” por natureza, Jorge Sánchez trocou o México pela Europa por querer “dar sempre mais um passo”, mas a adaptação aos Países Baixos foi tudo menos o que esperava. “Sou uma pessoa muito apegada aos amigos e à família e isso, no início, dói. Sente-se mais quando cada país tem as suas regras. Em Amesterdão, por exemplo, podia estar com a família três meses e nos outros três não. A minha família tinha de estar a entrar e a sair e isso foi difícil”, relatou, consciente dos “riscos” que correu por ter saído da “zona de conforto”.

“Estava completamente feliz no América, chegou a oportunidade na Europa e nem pensei. Sabia que podia jogar ou… não. Assumi essa responsabilidade e disse para mim: ‘Vou para a Europa, aconteça o que acontecer. Vou e sei que estou preparado para fazer o melhor possível, porque estou a fazer o melhor para mim e para o futuro da minha família. Gosto de superar tudo o que encontro pela frente”, contou.

O arranque da aventura em Portugal, porém, fá-lo acreditar que “este ano poderá ser muito bom” do ponto de vista pessoal. “Estou muito contente, porque cheguei a um país em que as pessoas são muito parecidas aos mexicanos. Come-se bem, temos uma equipa impressionante, os adeptos são impressionantes e o estádio também”, descreveu.

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Alemanha é a próxima na agenda depois de 90 minutos com o Gana

Jorge Sánchez alinhou os 90 minutos e viu um cartão amarelo no particular ganho (2-0) pelo México ao Gana, em Charlotte (Estados Unidos), na madrugada de domingo. O defesa do FC Porto segue agora para Filadélfia, onde a “Tri” defrontará a Alemanha na quarta-feira (1h00). Sem imprevistos, na quinta estará no Olival para participar no último treino antes da estreia dos dragões nesta edição da Taça de Portugal, em Chaves, contra o Vilar de Perdizes.

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