À distância, avançado recebeu a ajuda do Sporting e mensagens de apoio dos companheiros de equipa em Alvalade.
Em Bruxelas, onde a Suécia defrontou anteontem a Bélgica, Gyökeres podia ter mais um motivo para celebrar, dado o golaço com que inaugurou o marcador, o 9º em 11 jogos oficiais entre clube e seleção, mas rapidamente o momento tomou contornos de pesadelo quando soube da notícia de um ataque terrorista nas imediações do estádio, que matou dois suecos [mais informação na pág. 24]. Desde o intervalo, o avançado foi um dos jogadores que ficou fechado no balneário por 2 horas e meia, por motivos de segurança, mas ao seu lado esteve sempre… o Sporting, ainda que à distância.
Com efeito, o clube prontificou-se a entrar em contacto com o seu jogador, mas também com responsáveis da seleção, e de imediato mostrou-se disponível para prestar qualquer apoio necessário. O abraço coletivo estendeu-se também aos companheiros de equipa em Alvalade, que através de um grupo de Whatsapp, restrito aos jogadores, procuraram igualmente saber se estava tudo bem, numa altura em que a informação ainda era pouca – contudo, Gyökeres foi um dos elementos que, no balneário sueco, prontamente acatou a decisão de não regressar ao relvado para a 2ª parte.
Um ‘emoji’ que… diz tudo
Após uma longa noite, com viagem de madrugada para Estocolmo, no dia de ontem imperou o silêncio no seio da seleção, exceção feita a um comunicado nas redes sociais no qual lamentaram a tragédia. E o gesto de Gyökeres diz tudo: partilhou a publicação e legendou-a com um coração ferido. Mas sabe que em Alvalade todos estão com ele.
Regresso a Lisboa a pensar na Taça
Os jogadores que estiveram ao serviço da seleção da Suécia foram autorizados, ontem, a regressarem aos respetivos clubes. No que respeita a Gyökeres, será reintegrado nos trabalhos do Sporting, ao que tudo indica amanhã, para ser opção para o embate com o Olivais e Moscavide, no sábado, da 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Apesar de regressar fresco, dado que só somou 45 minutos na seleção, será acima de tudo importante perceber como é que o camisola 9 se encontra psicologicamente, dado que, ao que apurámos, ainda no estádio, em Bruxelas, não disfarçou estar afetado com o sucedido em conversas informais com jornalistas suecos.
